Resultado da pesquisa (2)

Termo utilizado na pesquisa hemostasia

#1 - Thrombin generation and thromboelastometry tests in dogs with chronic kidney disease

Abstract in English:

Patients with chronic kidney disease (CKD) have paradoxical hemostatic potential because they have bleeding episodes but are also prone to thrombosis. Few studies have evaluated blood viscoelastic properties in dogs with kidney disease; on the other hand, hypercoagulability has been observed in these patients. It is also emphasized that the platelet function and its participation in this process have not yet been fully understood. The objective of this study was to evaluate and compare the Thrombin Generation Test (TGT) and also viscoelastic properties of the blood measured by thromboelastometry (TEM) in dogs with proteinuria in CKD. Twenty healthy dogs (Control Group) and 19 dogs with CKD in stage III or IV, classified according to International Renal Interest Society - IRIS, were selected, and the reference test of urine protein:creatinine ratio (UPCR) should be greater than one (CKD group). Blood samples for TEM, thrombin generation, Prothrombin Time (PT), activated Partial Thromboplastin Time (aPTT), and fibrinogen concentration was collected at a single time for both groups after inclusion criteria being confirmed. Statistical analysis was performed according to the distribution of variables at 5% significance level. Differences were observed between healthy dogs and those with proteinuria in CKD noted in TEM. The TGT was unable to differentiate between sick and healthy groups. However, when the nephropathy was stratified, increases in TTP and peak thrombin concentration by TGT were observed in females and dogs over 30 days of diagnosis of CKD. Both tests signaled a discrete state of hypercoagulability. In fact, TEM is more sensitive to detect hypercoagulability in dogs with CKD. However, the TGT has potential clinical application by allowing long-term sample storage.

Abstract in Portuguese:

Os pacientes com doença renal crônica (DRC) apresentam um potencial hemostático paradoxal, pois apresentam episódios de sangramento, mas também são propensos à trombose. Poucos estudos avaliaram as propriedades viscoelásticas sanguíneas em cães com doenças renais, entretanto, a hipercoagulabilidade já foi observada nestes pacientes. Ressalta-se ainda que a função plaquetária e sua participação neste processo ainda não foram totalmente esclarecidas. O objetivo foi avaliar e comparar o teste de geração de trombina (TGT) e as propriedades viscoelásticas sanguíneas medidas pela tromboelastometria (TEM) em cães com DRC proteinúrica. Foram selecionados 20 cães saudáveis (grupo controle) e 19 cães com DRC em estágios III ou IV classificados segundo o IRIS e a relação proteína/creatinina urinária maior que um (grupo DRC). As amostras de sangue para a realização da tromboelastometria (TEM), geração de trombina, tempo de protrombina (TP), tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA) e concentração de fibrinogênio foram colhidas em momento único para ambos os grupos após os critérios de inclusão confirmados. A análise estatística foi realizada de acordo com a distribuição das variáveis, ao nível de 5% de significância. Foi observada diferença entre os cães saudáveis e os com DRC proteinúrica observados na TEM. O teste de geração de trombina não foi capaz de diferenciar os grupos doente e saudável. Entretanto, quando os nefropatas foram analisados de forma estratificada, foram observados aumentos do ETP e da concentração máxima de trombina (peak) pelo TGT em fêmeas e em cães com mais de 30 dias de diagnóstico da DRC. Ambos os testes sinalizando para um discreto estado de hipercoagulabiliade. A tromboelastometria é mais sensível para detectar a hipercoagulabilidade em cães com DRC. Entretanto, o teste de geração de trombina tem melhor aplicabilidade por permitir o armazenamento da amostra em longo prazo.


#2 - Evaluation of hemostatic abnormalities and thromboembolic risk in dogs with IMHA, 36(5):405-411

Abstract in English:

ABSTRACT.- Moraes L.F., Takahira R.K., Golim M.A. & Baggio M.S. 2016. [Evaluation of hemostatic abnormalities and thromboembolic risk in dogs with IMHA.] Avaliação das alterações hemostáticas e do risco tromboembólico em cães com AHIM. Pesquisa Veterinária Brasileira 36(5):405-411. Departamento de Clínica Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, SP 18618-970, Brazil. E-mail: liviafm@gmail.com Immune-mediated hemolytic anemia (IMHA) is the most common cause of hemolytic anemia and the most prevalent immune-mediated disease in dogs, which is classified in primary or secondary. IMHA has been associated with hypercoagulability state and thromboembolism has been referred as the most common complication. The purpose of this study was to correlate the possibility of hemostatic abnormalities and the thromboembolic risk in IMHA and in anemias of other etiologies. 76 dogs were selected, all exhibiting hematocrit lower than 20% and at least one clinical sign commonly associated with IMHA or breed predisposition. These dogs were tested for IMHA by flow cytometry. Hemostatic tests (platelet count, PT, APTT, TT, AT, PDF and D-dimer) as well as CBC, reticulocyte count, blood parasite search in peripheral blood smear, Ehrlichia sp. and leptospirosis tests were performed in all dogs. 59 dogs were positive for IMHA. The thromboembolic risk was characterized by the presence of three or more changes in the tests of the hemostatic profile. 74.6% cases of IMHA were attributed to infectious diseases and was mostly associated with Ehrlichia sp. (88.6%). 72.1% of dogs had thrombocytopenia and 57.6% had regenerative anemia with significantly higher values of metarubricyte and reticulocyte count. There were no significant changes between two anemic groups (positive and negative for IMHA). Anemic dogs had higher APTT mean value and lower AT and platelet counts mean values than the control group (p<0.05). 25 dogs with IMHA and seven dogs without IHMA had thromboembolic state. The specificity of PDF was lower (30.2%) than previous studies. The choice of the Ig class does not affect the diagnosis of IMHA. There were no correlation between the presence of antibodies bound to the RBC surface and the hemostatic tests, but there were a week correlation (p<0,05) between Ht(%) and APTT (r=-0.2621), AT (r=0.4297) and platelets count (r=0.5349) values. Anemia is associated with hemostatic abnormalities and thromboembolic risk, however the immune-mediated nature of the disease was not the determining factor for this condition. In part, these changes can be attributed to infection diseases seen in both groups (positive and negative for IMHA). The similar thromboembolic risk evidenced in both groups of anemic dogs does not exclude the relationship of immune-mediated involvement, but alert to the possibility of thromboembolism in anemic dogs with Ehrlichia sp. (negative for IHMA). Therefore, anemic dogs with clinical signs associated with thromboembolic risk should be evaluated for this complication, today poorly investigated in clinical routine. The high frequency of hemostatic abnormalities supports the importance of an early, effective and more accurate diagnosis, along with a preventive strategy and treatment.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Moraes L.F., Takahira R.K., Golim M.A. & Baggio M.S. 2016. [Evaluation of hemostatic abnormalities and thromboembolic risk in dogs with IMHA.] Avaliação das alterações hemostáticas e do risco tromboembólico em cães com AHIM. Pesquisa Veterinária Brasileira 36(5):405-411. Departamento de Clínica Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, SP 18618-970, Brazil. E-mail: liviafm@gmail.com A anemia hemolítica imuno-mediada (AHIM) é a causa mais comum dentre as anemias hemolíticas e a doença imuno-mediada de maior prevalência em cães, incluindo causas primárias e secundárias. As AHIM tem sido associadas a estados de hipercoagulabilidade, sendo o tromboembolismo a complicação mais comum. Este estudo teve como objetivo correlacionar as possíveis alterações hemostáticas e o risco tromboembólico nas AHIM e nas anemias por outras etiologias. Para tanto, foram selecionados 76 cães anêmicos (hematócrito &#8804; 20%) somados ao menos um sinal clínico comumente associado à AHIM ou possuir pré-disposição racial. Foram realizados os seguintes testes para os animais selecionados: teste de citometria de fluxo e avaliação do perfil hemostático (contagem de plaquetas, TP, TTPA, TT, AT, PDF e Dímeros D); além de hemograma com contagem de reticulócitos, pesquisa de hematozoários em sangue periférico, PCR para Ehrlichia sp. e sorologia para leptospirose. 59 cães foram positivos para AHIM. O estado tromboembólico foi caracterizado pela presença de alteração em três ou mais testes do perfil hemostático. 74,6% casos de AHIM foram atribuídos às doenças infecciosas, sendo em sua maioria associados à Ehrlichia sp. (88,6%). 72,1% apresentaram trombocitopenia e 57,6% apresentaram anemia regenerativa com valores significativamente maiores de metarrubrícitos e contagem de reticulócitos. Não houve diferença estatística entre os grupos de cães anêmicos (positivos e negativos para AHIM). Os cães anêmicos apresentaram valores médios maiores de TTPA e menores de AT e contagem de plaquetas quando comparados aos cães saudáveis (p < 0,05). 25 cães positivos e sete negativos apresentaram estado tromboembólico. A especificidade de PDF foi menor (30,2%) quando comparada outros estudos. A escolha da classe de Ig não interfere no diagnóstico de AHIM. Não houve correlação entre a presença de anticorpos ligados às hemácias e as variáveis hemostáticas, porém houve uma fraca correlação (p<0,05) entre o hematócrito e os valores de TTPA (r=-0,2621), AT (r=0,4297) e contagem de plaquetas (r=0,5349). A anemia está associada a alterações hemostáticas e ao risco tromboembólico, no entanto a natureza imuno-mediada não é o fator determinante para esta condição. Em parte, estas alterações podem ser atribuídas ao quadro infeccioso observado em ambos os grupos (positivos e negativos para AHIM). O risco tromboembólico semelhante evidenciado nos dois grupos de cães anêmicos não exclui a relação do envolvimento imuno-mediado, mas atenta para uma possibilidade do tromboembolismo em cães anêmicos com Ehrlichia sp. (negativos para AHIM). Desta forma, cães anêmicos que apresentam sinais clínicos associados ao risco tromboembólico devem ser avaliados para tal complicação, hoje pouco investigada na rotina clínica. A alta frequência de alterações hemostáticas sustenta a importância de um diagnóstico precoce, efetivo e mais acurado, juntamente com uma estratégia de prevenção e tratamento.


Colégio Brasileiro de Patologia Animal SciELO Brasil CAPES CNPQ UNB UFRRJ CFMV