Abstract in English:
ABSTRACT.- Campos W.N.S., Souza M.A., Ruiz T., Peres T.P., Néspoli P.B., Marques A.T.C., Colodel E.M. & Souza R.L. 2013. Experimental osteoarthritis in rabbits: lesion progression. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(3):279-285. Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal de Mato Grosso, Av. Fernando Corrêa da Costa 2367, Bairro Boa Esperança, Cuiabá, MT 78068-900, Brazil. E-mail: wilmavet@gmail.com
The aim of this study was to evaluate the progression of lesions in different stages of osteoarthritis (OA) experimental by radiography (RX), computed tomography (CT), macroscopic and histopathology, linking these different diagnostic methods, helped to provide information that helps the best time for the therapeutic approach. Four experimental periods were delineated at 3, 6, 9 and 12 weeks after induction of OA, known as PI, PII, PIII and PIV, respectively, each with six animals. We evaluated the five compartments of the femorotibial joint: medial femoral condyle (MFC), lateral femoral condyle (LFC), medial tibial plateau (MTP), lateral tibial plateau (LTP) and femoral trochlea (FT). Therefore we established an index by compartment (IC) and by adding such an index was estimated joint femorotibial (IFT). It was observed that the CFM was the compartment with the highest IC also differed significantly (p<0.05) from other compartments. Compartments showed no significant difference (p>0.05) between the PI and PII, however contrary fact occurred between the PII and PIII (p<0.05), PIII and PIV (p<0.01) and between PI and PIV (p<0.001). Similarly the IFT, showed a significant difference in the animals of PIV compared to PI (p<0.001), PII (p<0.001) and PIII (p<0.01), and there was no statistical difference (p> 0.05) between the PI and PII. In the variation of the average interval between periods, there was a higher value between the PIII PIV and for the other intervals of time periods (PI, PII, and PIII-PII). However, these intervals showed no statistically significant difference (p>0.05). Through the RX, CT, macroscopic and histopathological findings, we found similar patterns among individuals within the same period demonstrating a gradual progression of the disease. These results show that between 3 and 6 weeks progression of the lesion is slower and probably also can be reversed in comparison to other ranges where proved further progression between 9 and 12 weeks after induction of trauma OA. These results may provide a better therapeutic approach aimed at reversing the lesions in early stages of OA. We conclude that the interconnection of the four diagnostic methods individually classified into scores, which were unified in both indices in the evaluation by the femorotibial joint compartment and may represent a diagnostic condition closer to the true condition of the injury and its progression.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Campos W.N.S., Souza M.A., Ruiz T., Peres T.P., Néspoli P.B., Marques A.T.C., Colodel E.M. & Souza R.L. 2013. Experimental osteoarthritis in rabbits: lesion progression. [Osteoartrite experimental em coelhos: Progressão lesional.] Pesquisa Veterinária Brasileira 33(3):279-285. Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal de Mato Grosso, Av. Fernando Corrêa da Costa 2367, Bairro Boa Esperança, Cuiabá, MT 78068-900, Brazil. E-mail: wilmavet@gmail.com
O objetivo deste estudo foi avaliar a progressão das lesões em diferentes períodos da osteoartrite (OA) experimental em coelhos, através da radiografia (RX), tomografia computadorizada (TC), macroscopia e histopatologia, interligar estes diferentes métodos diagnósticos, bem como trazer informações que ajudem na decisão do melhor momento para a abordagem terapêutica. Foram delineados quatro períodos experimentais às 3, 6, 9 e 12 semanas após a indução da OA, denominados como PI, PII, PIII e PIV, respectivamente, cada qual com seis animais. Foram avaliados os cinco compartimentos da articulação femorotibial: côndilo femoral medial (CFM), côndilo femoral lateral (CFL), platô tibial medial (PTM), platô tibial lateral (PTL) e tróclea femoral (TF). Por conseguinte, estabeleceu-se um índice por compartimento (IC) e através da soma destes foi obtido um índice da articulação femorotibial (IFT). Observou-se que, o CFM foi o compartimento com maior valor de IC, além disso, diferiu significativamente (p<0,05) dos demais compartimentos. Os compartimentos não apresentaram diferença significativa (p>0,05) entre o PI e o PII, no entanto fato contrário ocorreu entre o PII e o PIII (p<0,05), PIII e PIV (p<0,01) e entre o PI e PIV (p<0,001). Similarmente o IFT, apresentou diferença significativa nos animais do PIV em relação ao PI (p<0,001), ao PII (p<0,001) e ao PIII (p<0,01), e não houve diferença estatística (p>0,05) entre o PI e PII. Na variação média dos intervalos entre os períodos, observou-se um maior valor entre o PIII e o PIV em relação aos outros intervalos de períodos (PI-PII e PII-PIII). No entanto, estes intervalos não apresentaram diferença estatisticamente significativa (p>0.05). Através do RX, TC, macroscopia e histopatológico, verificamos padrões similares entre os indivíduos dentro do mesmo período demonstrando assim uma gradual progressão da doença. Tais resultados evidenciam que entre as 3 e 6 semanas a progressão da lesão é mais lenta e muito provavelmente ainda pode ser reversível em comparação aos outros intervalos onde se comprovou uma maior progressão entre as 9 e 12 semanas após a indução traumática da OA. Estes resultados podem propiciar uma melhor abordagem terapêutica objetivando a reversão das lesões em fases iniciais da OA. Concluímos que, a interligação dos quatro métodos diagnósticos, individualmente classificados em escores e que foram unificados em índices tanto na avaliação por compartimento quanto pela articulação femorotibial pode representar uma condição diagnóstica mais próxima à verdadeira condição da lesão quanto de sua progressão.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Fernandes J.I., Verocai G.G., Ribeiro F.A., Melo R.M.P.S., Correia T.R.,Veiga C.C.P., Vieira V.P.C. & Scott F.B. 2012. [Miticidal efficacy of an emulsion containing 10% neem (Azadirachtaindica) oil for control of Psoroptes ovis in naturally infested rabbits.] Eficácia acaricida de uma emulsão contendo 10% de óleo de Nim (Azadirachta indica) no controle de Psoroptes ovis em coelhos naturalmente infestados. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(12):1253-1256. Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Pará, BR-316 Km 61, Castanhal, PA 68740-970.Brazil. E-mail: vetjulio@yahoo.com.br
The objective of the present study was to evaluate the efficacy of an emulsion containing 10% of neem (Azadirachta indica) oil on the control of Psoroptes ovis in naturally infested rabbits. Twelve rabbits were randomly divided in two groups of six animals. The control group remained without treatment; while animals in the other group were treated with the 10% neem extract formulation by spraying both ears daily for seven consecutive days. The animals were evaluated daily for the presence of adverse effects. Material from ears all animals was collected on days +3, +7, +14, +21, +28 and +35, and evaluated for the presence of living mites. Animals from control group presented mites in both ears along all days of observation. The treated group presented an efficacy of 41.7% on day +3 and 100% from day +7 to +35. The product containing 10% neem oil has demonstrated to be effective for the treatment of psoroptic mange on rabbits. However, treated animals presented dermatological reaction such as alopecia and hyperemia at the site of application, varying from low to medium severity.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Fernandes J.I., Verocai G.G., Ribeiro F.A., Melo R.M.P.S., Correia T.R.,Veiga C.C.P., Vieira V.P.C. & Scott F.B. 2012. [Miticidal efficacy of an emulsion containing 10% neem (Azadirachtaindica) oil for control of Psoroptes ovis in naturally infested rabbits.] Eficácia acaricida de uma emulsão contendo 10% de óleo de Nim (Azadirachta indica) no controle de Psoroptes ovis em coelhos naturalmente infestados. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(12):1253-1256. Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Pará, BR-316 Km 61, Castanhal, PA 68740-970.Brazil. E-mail: vetjulio@yahoo.com.br
O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia de uma emulsão contendo 10% de óleo de nim, Azadirachta indica, no controle de Psoroptes ovis em coelhos naturalmente infestados. Foram utilizados 12 coelhos separados aleatoriamente em dois grupos de seis animais cada. O grupo controle permaneceu sem tratamento, enquanto que o grupo tratado recebeu a formulação em teste, contendo 10% de Nim, borrifando ambos os condutos auditivos, uma vez ao dia, por sete dias consecutivos. Os animais foram avaliados diariamente para observação de possíveis efeitos adversos do produto. Nos dias +3, +7, +14,+21, +28 e +35 foi coletado material de todos os animais para avaliação da presença de ácaros vivos. Os coelhos do grupo controle apresentavam ácaros em ambos os condutos auditivos em todos os dias de observação. O grupo tratado apresentou eficácia de 41,7% no dia +3 e 100% a partir do dia +7 até o dia +35. O produto demonstrou ser eficaz no tratamento da sarna psoróptica em coelhos. Entretanto, todos os animais tratados apresentaram reações dermatológicas, tais como alopecia e hiperemia no local de aplicação do produto, variando de baixa a média severidade.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Maran N.B., Caldas S.A., Prado J.S., Gomes A.D., Tokarnia C.H. & Brito M.F. 2012. [Experimental poisoning of rabbits by Metternichia princeps (Solanaceae).] Intoxicação experimental por Metternichia princeps (Solanaceae) em coelhos. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(9):872-880. Setor de Anatomia Patológica, Instituto de Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ 23890-000, Brazil. E-mail: marilene@ufrrj.br
Metternichia princeps, a tree that belongs to the Solanaceae family, occurs in the Atlantic Forest of Brazil, from the state of Rio de Janeiro to Bahia. In the county of Itaguaí, state of Rio de Janeiro, M. princeps was suspected to cause a lethal kidney disease in goats. The poisoning was experimentally reproduced in goats confirming the suspicion. Experiments were then performed in rabbits. Leaves of M. princeps were collected in the county of Itaguaí, where the poisoning in goats occurred. Eleven rabbits received the dried plant material, ten received the fresh plant and one rabbit served as control. The dehydrated leaves were ground and mixed with water. Initially the suspension was administered by stomach tube to nine rabbits and caused death of seven of them at doses from 0.125g/kg on. Two rabbits that got sick, but survived at doses of 0.0625g/kg and 0.125g/kg, received doses of 0.5 and 0.25g/kg respectively, two months later and died, indicating that no tolerance to the plant poisoning effects developed. Additionally the dried leaves administered six months after collection to two rabbits at doses of 0.5 and 1g/kg respectively, caused death only of the rabbit that received the dose of 1g/kg, indicating that the stored leaves lost toxicity. Fresh sprouts caused death in three of six rabbits at doses of 1.55g/kg to 3g/kg. Fresh mature leaves caused death in one of four rabbits at the dose of 2g/kg, what suggests that there is no difference in toxicity between mature leaves and sprouts. The dried leaves caused death of rabbits at smaller doses than fresh leaves, what can be explained by the way of administration of the plant; dried leaves were given within a few minutes, whilst fresh leaves were ingested during one or two days, a fact that may influence absorption of the toxic principle. In all experiments with the dried and fresh leaves (sprouts and mature leaves) of M. princeps, liver and heart lesions predominated. The course of the poisoning was peracute to acute. The rabbits became apathetic with pale and cyanotic mucosae and cold ears; they fell down with struggling movements, vocalization and spaced breathing and died. At postmortem examination, the liver was pale with marked hepatic lobules; the other organs were congested and blood vessels were ingurgitated. The histopathological examination revealed as the more important changes in the liver, intense, especially centrilobular congestion, severe swelling of the hepatocytes, and foci of incipient necrosis of hepatocytes. In the heart, beside congestion, small groups of eosiophilic cardiac fibers, with nuclear picnosis and vacuolation were found. In the kidney, congestion and swelling of epithelial cells was seen. The performed experiments show that rabbits are susceptible to poisoning with dried and fresh leaves of M. princeps. It is suggested that the toxic principle of M. princeps, responsible for the clinical and pathological picture in rabbits, may not be the same compound that causes poisoning in goats or that the rabbit reacts differently as react goats; rabbits showed liver and heart lesions whilst goats had kidney lesions.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Maran N.B., Caldas S.A., Prado J.S., Gomes A.D., Tokarnia C.H. & Brito M.F. 2012. [Experimental poisoning of rabbits by Metternichia princeps (Solanaceae).] Intoxicação experimental por Metternichia princeps (Solanaceae) em coelhos. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(9):872-880. Setor de Anatomia Patológica, Instituto de Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ 23890-000, Brazil. E-mail: marilene@ufrrj.br
Metternichia princeps, árvore que pertence à família Solanaceae, ocorre na Mata Atlântica desde o estado do Rio de Janeiro até a Bahia. É conhecida popularmente com os nomes de “café-do-mato”, “trombeteira” e “jasmin-do-morro”. Em um estabelecimento no município de Itaguaí, RJ, suspeitou-se que M. princeps era responsável por doença renal letal em caprinos. A intoxicação foi reproduzida experimentalmente nessa espécie, confirmando a suspeita. Foram então realizados experimentos em coelhos. Folhas de M. princeps foram coletadas no município de Itaguaí/RJ, local onde foi diagnosticada a intoxicação em caprinos. Onze coelhos receberam a planta dessecada, dez receberam a planta fresca e um coelho serviu como controle. As folhas dessecadas de M. princeps foram trituradas e misturadas com água. Inicialmente, a suspensão foi administrada por via intragástrica através de sonda a nove coelhos e causou a morte de sete coelhos nas doses a partir de 0,125g/kg. Dois coelhos que adoeceram mas sobreviveram às doses de 0,0625 e de 0,125g/kg, dois meses mais tarde receberam doses de 0,5 e 0,25g/kg, respectivamente, e morreram, o que indica que não houve desenvolvimento de tolerância à toxidez da planta. Adicionalmente, a planta dessecada, administrada a dois coelhos nas doses de 0,5 e 1g/kg seis meses após a coleta, causou a morte somente do coelho que recebeu a dose de 1g/kg, indicando que a planta armazenada perde em toxidez. Os brotos frescos causaram a morte de três dos seis coelhos, nas doses de 1,55g/kg a 3g/kg. As folhas maduras frescas causaram a morte de um dos quatro coelhos, na dose de 2g/kg, o que sugere que não há diferença na toxidez entre a brotação e as folhas maduras. As folhas dessecadas causaram a morte dos coelhos em doses menores que as folhas frescas, o que talvez possa ser explicado pelo modo de administração da planta; as folhas dessecadas eram administradas em poucos minutos, enquanto que as folhas frescas eram ingeridas durante um a dois dias, o que influenciaria a rapidez da absorção do princípio tóxico da planta. Tanto nos experimentos com as folhas dessecadas quanto com as folhas frescas (brotos e folhas maduras), predominaram no quadro clínico-patológico alterações relativas ao coração e ao fígado. A evolução da intoxicação foi superaguda a aguda. Os coelhos tornaram-se apáticos, com mucosas pálidas a cianóticas e orelhas frias, até que subitamente se debatiam na gaiola, faziam movimentos de pedalagem, vocalizavam, apresentavam acentuada dispneia e morriam. À necropsia, o fígado apresentava-se com evidenciação da lobulação; os demais órgãos estavam congestos e os vasos sanguíneos ingurgitados. À histopatologia, as lesões mais relevantes foram: no fígado, intensa congestão, especialmente centrolobular, tumefação acentuada dos hepatócitos e focos de necrose incipiente de hepatócitos; no coração, além de congestão, fibras cardíacas com aumento de eosinofilia, com picnose nuclear, fibras cardíacas com vacuolização, e no rim, congestão e tumefação de células epiteliais. Esses experimentos demonstram que o coelho é sensível à intoxicação pelas folhas dessecadas e frescas de M. princeps. Sugere-se que o princípio tóxico responsável pelo quadro clínico-patológico da intoxicação por M. princeps em coelhos não seja o mesmo princípio responsável pela intoxicação nos caprinos, ou que os coelhos reagem de maneira diferente dos caprinos; nos coelhos predominam alterações cardíacas e hepáticas enquanto que em caprinos as lesões são renais.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Helayel M.A., Caldas S.A., Peixoto T.C., França, T.N., Tokarnia C.H., Döbereiner J., Nogueira V.A. & Peixoto P.V. 2011. [Antagonism of acetamid in experiments with sheep, goats and rabbits indicates that monofluoroacetate is the toxic principle of Pseudocalymma elegans Bignoniaceae.] O antagonismo com acetamida em experimentos com ovinos, caprinos e coelhos indica monofluoroacetato como princípio tóxico de Pseudocalymma elegans Bignoniaceae. Pesquisa Veterinária Brasileira 31(10):867-874. Projeto Sanidade Animal Embrapa/UFRRJ, Seropédica, RJ 23890-000, Brazil. E-mail: michel_abdallavet@yahoo.com.br
This study aimed to evaluate the protective effect of acetamid in experimental poisoning by Pseudocalymma elegans in sheep, goats and rabbits, in order to prove indirectly that monofluoroacetate (MF) is responsible for the clinical signs and death of animals that ingested the plant. Experiments were performed to determine for sheep and goats the lethal dose of P. elegans collected in Rio Bonito, RJ, in different seasons, and to adjust the dose of acetamid to be administered. - In the first experiment, two sheep and two goats received 1.0g/kg of fresh P. elegans, and two (one sheep and one goat) were pretreated with 2.0g/kg of acetamid. None of the animals showed clinical signs or died. Possibly, the plant could be less toxic, since it was collected at the end of the rainy season. - In the second experiment, two sheep and two goats received 0.67 and 1.0g/kg of the dried plant, after pretreatment with 2.0 and 3.0g/kg of acetamid, respectively. All animals died, as the administered doses of P. elegans were very high. - In the third experiment, two sheep and two goats received 0.333g/kg of dried P. elegans after previous administration of 2.0g/kg of acetamid; a week later, the protocol above was repeated, but without the antidote. In experiments with rabbits, doses of 0.5 and 1.0g/kg of dried P. elegans were given after administration of 3.0g/kg of acetamid; seven days later, the same protocol was repeated, except the administration of acetamide. This procedure, when acetamid was administered before, prevented the appearance of clinical signs and death of sheep, goats and rabbits. But the animals not treated with acetamid showed symptoms of poisoning and died. Clinically, the sheep and goats had tachycardia, engorged jugular vein, positive venous pulse, lateral recumbence, and muscle tremors. In the “dramatic phase”, the animals fell into lateral position, stretched the limbs, were paddling and died within minutes. The rabbits showed apathy, muscle tremors, vocalization and lateral decumbence minutes before death. At postmortem examination, the sheep and goats had engorged jugular veins and atria, dilated vena cava cranialis and caudalis, as well as pulmonary edema, hepatic congestion and edema of the gallbladder subserosa. In rabbits, the main macroscopic alterations were dilated atria, engorged vena cava cranialis and caudalis, and congested liver and diaphragm vessels. Histopathology revealed, in two sheep and one goat, vacuolar-hydropic degeneration of the distal convoluted kidney tubules, together with caryopicnosis. In the rabbits, the liver showed severe congestion with numerous shock corpuscles. The experimental results show indirectly that MF is to be held responsible for death of the animals that ingested P. elegans; since “acetate donor” compounds, such as acetamid, are capable to reduce the competitive inhibition of MF for the same active site (Coenzyme A) which prevents the formation of fluorocitrate, its active metabolite, formed in the body through the so-called “lethal synthesis”.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Helayel M.A., Caldas S.A., Peixoto T.C., França, T.N., Tokarnia C.H., Döbereiner J., Nogueira V.A. & Peixoto P.V. 2011. [Antagonism of acetamid in experiments with sheep, goats and rabbits indicates that monofluoroacetate is the toxic principle of Pseudocalymma elegans Bignoniaceae.] O antagonismo com acetamida em experimentos com ovinos, caprinos e coelhos indica monofluoroacetato como princípio tóxico de Pseudocalymma elegans Bignoniaceae. Pesquisa Veterinária Brasileira 31(10):867-874. Projeto Sanidade Animal Embrapa/UFRRJ, Seropédica, RJ 23890-000, Brazil. E-mail: michel_abdallavet@yahoo.com.br
Abstract in English:
ABSTRACT.- Silva S.C., Brum M.C.S., Oliveira S.A.M., Weiblen R. & Flores E.F. 2011. A thymidine kinase-negative bovine herpesvirus 5 is highly attenuated for rabbits, but is neuroinvasive and establishes latent infection. Pesquisa Veterinária Brasileira 31(5):389-397. Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Universidade Federal de Santa Maria, Camobi, Santa Maria, RS 97105-900, Brazil. E-mail: eduardofurtadoflores@gmail.com
Mutant viral strains deleted in non-essential genes represent useful tools to study the function of specific gene products in the biology of the virus. We herein describe an investigation on the phenotype of a bovine herpesvirus 5 (BoHV-5) recombinant deleted in the gene encoding the enzyme thymidine kinase (TK) in rabbits, with special emphasis to neuroinvasiveness and the ability to establish and reactivate latent infection. Rabbits inoculated with the parental virus (SV-507/99) (n=18) at a low titer (105.5TCID50) shed virus in nasal secretions in titers up to 104.5TCID50 for up to 12 days (average: 9.8 days [5-12]) and 5/16 developed neurological disease and were euthanized in extremis. Rabbits inoculated with the recombinant BoHV-5TKD at a high dose (107.1TCID50) also shed virus in nasal secretions, yet to lower titers (maximum: 102.3TCID50) and for a shorter period (average: 6.6 days [2-11]) and remained healthy. PCR examination of brain sections of inoculated rabbits at day 6 post-infection (pi) revealed a widespread distribution of the parental virus, whereas DNA of the recombinant BoHV-5TKD-was detected only in the trigeminal ganglia [TG] and olfactory bulbs [OB]. Nevertheless, during latent infection (52pi), DNA of the recombinant virus was detected in the TGs, OBs and also in other areas of the brain, demonstrating the ability of the virus to invade the brain. Dexamethasone (Dx) administration at day 65 pi was followed by virus reactivation and shedding by 5/8 rabbits inoculated with the parental strain (mean duration of 4.2 days [1 – 9]) and by none of seven rabbits inoculated with the recombinant virus. Again, PCR examination at day 30 post-Dx treatment revealed the presence of latent DNA in the TGs, OBs and in other areas of the brain of both groups. Taken together, these results confirm that the recombinant BoHV-5TKD is highly attenuated for rabbits. It shows a reduced ability to replicate in the nose but retains the ability to invade the brain and to establish latent infection. Additional studies are underway to determine the biological and molecular mechanisms underlying the inability of BoHV-5TKD to reactivate from latency.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Silva S.C., Brum M.C.S., Oliveira S.A.M., Weiblen R. & Flores E.F. 2011. A thymidine kinase-negative bovine herpesvirus 5 is highly attenuated for rabbits, but is neuroinvasive and establishes latent infection. [Cepa do herpesvírus bovino tipo 5 defectiva na timidina quinase é altamente atenuada para coelhos mas é neuroinvasiva e estabelece infecção latente.] Pesquisa Veterinária Brasileira 31(5):389-397. Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Universidade Federal de Santa Maria, Camobi, Santa Maria, RS 97105-900, Brazil. E-mail: eduardofurtadoflores@gmail.com
Cepas virais mutantes defectivas em genes não essenciais se constituem em ferramentas úteis para o estudo da função de proteínas virais na biologia dos vírus. Este estudo relata uma investigação do fenótipo, em coelhos, de uma cepa recombinante do herpesvírus bovino tipo 5 (BoHV-5) defectiva na enzima timidina quinase (TK), com ênfase para a neuroinvasividade e capacidade de estabelecer e reativar a infecção latente. Coelhos inoculados com o vírus parental (SV-507/99, n=18) em baixo título (105,5TCID50) excretaram o vírus nas secreções nasais em títulos de até 104,5TCID50/mL por até 12 dias (média: 9,8 dias [5-12]) e 5/16 desenvolveram doença neurológica e morreram ou foram eutanasiados in extremis. Em contraste, coelhos inoculados com o recombinante BoHV-5TKD em alto título (107,1TCID50) excretaram o vírus em títulos inferiores (máximo 102,3TCID50/mL), por um período menor (média: 6,6 days [2-11]) e permaneceram saudáveis. A realização de PCR em seções do encéfalo no dia 6 pós-infecção (pi) revelou uma ampla distribuição do DNA do vírus parental, enquanto o DNA do vírus recombinante foi detectado apenas nos gânglios trigêmeos [TGs] e nos bulbos olfatórios [OBs]. Não obstante, durante a infecção latente (52pi), o DNA do vírus recombinante foi detectado nos TGs, OBs e em outros locais do encéfalo, demonstrando que o vírus recombinante mantém a neuroinvasividade. Tratamento com dexamethasona (Dx) no dia 65 pi resultou em reativação e excreção viral por 5/8 dos coelhos inoculados com o vírus parental (duração média de 4,2 dias [1-9]) e por nenhum dos sete coelhos inoculados com o vírus recombinante. No entanto, PCR realizado no dia 30 pós-Dx revelou a presença de DNA latente do BoHV-5TKD nos TGs, OBs e em outras áreas do encéfalo. Esses resultados confirmam que o recombinante BoHV-5TKD é altamente atenuado para coelhos. A sua capacidade de replicação na mucosa nasal é reduzida, mas mantém a capacidade de invadir o encéfalo e estabelecer infecção latente. Estudos adicionais estão em andamento para elucidar os mecanismos responsáveis pela incapacidade do recombinante de reativar a infecção latente.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Dezengrini R., Silva S.C., Weiss M., Oliveira M.S., Traesel C.K., Weiblen R. & Flores E.F. 2010. [Effects of Foscarnet on the infection by bovine herpesviruses 1 and 5 in rabbits.] Efeitos do Foscarnet sobre a infecção pelos herpesvírus bovino tipos 1 e 5 em coelhos. Pesquisa Veterinária Brasileira 30(8):623-630. Setor de Virologia, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Centro de Ciências Rurais, Universidade Federal de Santa Maria, Av, Roraima 1000, Camobi, Santa Maria, RS 97105-900, Brazil. E-mail: eduardofurtadoflores@gmail.com
The activity of Foscarnet (PFA) against three bovine herpesviruses (BoHVs) was previously demonstrated in cell culture. Herein we evaluated the effects of PFA on the infection and disease by BoHV-1 and BoHV-5 in a rabbit model. Rabbits inoculated with BoHV-5 in the conjunctival sac (IC) and treated with PFA (100 mg/kg/day) from day 1 to 17 post-inoculation (pi) shed less virus between days 2 and 6 pi comparing to untreated controls; this difference was significant at day 3 pi [F(9,108) = 2,23; P<0.03]. The morbidity and mortality rates of rabbits inoculated with BoHV-5 IC or intranasally (IN) were also significantly reduced in PFA-treated rabbits (50%; 11/22) comparing to untreated controls (95.4%; 21/22) (P<0.0008). In rabbits inoculated IC with BoHV-1, a reduction in virus shedding was observed in PFA-treated animals between days 1 and 4 pi; 6 and 7 pi. In addition, PFA-treated rabbits presented a longer incubation period and a shorter clinical course comparing to untreated controls (P<0.005 and P<0.04, respectively). The frequency and severity of ocular signs were also reduced in the PFA-treated group. These results demonstrate that PFA is effective against BoHV-1 and BoHV-5 in vivo and open the way towards its use in experimental therapy of herpetic infections in domestic animals.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Dezengrini R., Silva S.C., Weiss M., Oliveira M.S., Traesel C.K., Weiblen R. & Flores E.F. 2010. [Effects of Foscarnet on the infection by bovine herpesviruses 1 and 5 in rabbits.] Efeitos do Foscarnet sobre a infecção pelos herpesvírus bovino tipos 1 e 5 em coelhos. Pesquisa Veterinária Brasileira 30(8):623-630. Setor de Virologia, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Centro de Ciências Rurais, Universidade Federal de Santa Maria, Av, Roraima 1000, Camobi, Santa Maria, RS 97105-900, Brazil. E-mail: eduardofurtadoflores@gmail.com
Abstract in English:
ABSTRACT.- Vilela L.M., Del Carlo R.J., Silva J.C.P., Matta S.L.P., Rodrigues M.C.D., Monteiro B.S., Matinez M.M., Reis A.M.S., Machado D.P.D. & Lopes L.R. 2010. [Structure and cellularity of the fresh menisci (Oryctolagus cuniculus) of rabbits and the menisci preserved in glycerin.] Estrutura e celularidade de meniscos frescos de coelhos (Oryctolagus cuniculus) preservados em glicerina. Pesquisa Veterinária Brasileira 30(4):295-300. Departamento de Veterinária, Universidade Federal de Viçosa, 36570-000 Viçosa, MG, Brazil. E-mail: ricarlo@ufv.br
In the present study was evaluated the tissue architecture, the percentage of cellular population, as well as viability and distribution of cells in fresh menisci of rabbits and preserved in 98% glycerin. Were analyzed medial menisci of rabbits freshly slaughtered, which were distributed into three groups: the MF group (n=7), composed of fresh menisci, corresponded to the control group; the MG group (n=7), composed by menisci preserved in 98% glycerin, for 30 days, and the MR group (n=7) by menisci preserved in 98% glycerin and rehydrated in NaCl 0.9% for 12 hours. In all menisci were identified and quantified the different cell types: fibroblasts/fibrocytes and condrocytes. The cell population percentage was statistically similar in all groups. All menisci preserved in the MG and MR groups showed a lower intensity of color and shrinkage of collagen fibers, reduced volume and higher intensity of staining of nucleus (chromatin condensation), as compared to fresh menisci (MF), featuring the phenomenon of cell lysis. The cartilaginous matrix of preserved menisci proved to be well preserved because the tissue architecture was maintained. It was concluded that 98% glycerin is an optional preservation mean for meniscal allografts with a devitalized collagenous matrix.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Vilela L.M., Del Carlo R.J., Silva J.C.P., Matta S.L.P., Rodrigues M.C.D., Monteiro B.S., Matinez M.M., Reis A.M.S., Machado D.P.D. & Lopes L.R. 2010. [Structure and cellularity of the fresh menisci (Oryctolagus cuniculus) of rabbits and the menisci preserved in glycerin.] Estrutura e celularidade de meniscos frescos de coelhos (Oryctolagus cuniculus) preservados em glicerina. Pesquisa Veterinária Brasileira 30(4):295-300. Departamento de Veterinária, Universidade Federal de Viçosa, 36570-000 Viçosa, MG, Brazil. E-mail: ricarlo@ufv.br
No presente estudo foi avaliada a arquitetura tecidual, a população celular, assim como a integridade e a distribuição dos tipos celulares em meniscos frescos de coelhos e preservados em glicerina 98%. Foram analisados meniscos mediais de coelhos recém abatidos, que foram distribuídos em três grupos: o grupo MF (n=7), composto por meniscos frescos, correspondeu ao grupo controle; o grupo MG (n=7), composto por meniscos preservados em glicerina 98%, por 30 dias, e o grupo MR (n=7), por meniscos preservados em glicerina 98% e reidratados em NaCl 0,9%, por 12 horas. Em todos os meniscos foram identificados e quantificados os diferentes tipos celulares: fibroblastos/fibrócitos e condrócitos. A população celular foi estatisticamente semelhante nos três grupos de meniscos, sendo que os meniscos preservados, grupos MG e MR, apresentaram menor intensidade de coloração e retração das fibras colágenas, diminuição de volume e maior intensidade de coloração dos núcleos (condensação da cromatina), em relação aos meniscos frescos (MF), caracterizando o fenômeno de lise celular. A matriz fibrocartilaginosa dos meniscos preservados revelou-se bem preservada mantendo a arquitetura tecidual dos meniscos. Conclui-se que a glicerina 98% é uma opção de meio de preservação para meniscos objetivando aloenxerto, com matriz colágena desvitalizada.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Vilela L.M., Del Carlo R.J., Silva J.C.P., Matta S.L.P. & Reis A.M.S. 2009. [Evaluation of the collagen fibers of the fresh meniscus and the meniscuses preserved in glycerine: Experimental study in rabbits (Oryctolagus cuniculus).] Avaliação das fibras colágenas de meniscos frescos e preservados em glicerina: estudo experimental em coelhos (Oryctolagus cuniculus). Pesquisa Veterinária Brasileira 30(4):321-327. Departamento de Veterinária, Universidade Federal de Viçosa, 36570-000 Viçosa, MG, Brazil. E-mail: ricarlo@ufv.br
In the present study was evaluated the effect of 98% glycerin on the collagen fibers, tissue architecture and size of medial meniscuses of New Zealand rabbits. The animals were separated into three groups: (1) Group MF of fresh meniscus, (2) Group MG of meniscus preserved in glycerin for 30 days, and (3) Group MR of meniscus preserved in glycerin for 30 days and rehydrated in NaCl 0.9% for 12 hours. Histological sections were stained with sirius red for identification of collagen types, which were examined with a polarized light microscope. The total collagen concentration and the fiber arrangement were evaluated. Group MF presented higher Type I collagen concentration and lower Type III collagen concentration when compared with Group MG and MR. This fact is due to the water loss and consequent reduction in size and subsequent retraction of the collagen fibers of the meniscus from these groups, caused by dehydration. This may have occurred because those Type I fibers, thicker and in larger quantities, become more evident than Type III collagen fibers, which are more slender and fragile (fibrils). In the three groups studied, the collagen fibers presented themselves in a circumference form, interposed by radially oriented fibers. All of the meniscuses from Group MF presented fibers arranged obliquely, while in the treated groups, a slight disorganization of collagen fibers could be observed in some areas, what corresponds to 42.8% and 14.3% of the meniscuses, respectively. The MG group presented a significant decrease (p<0.05) in size if compared with the MF group. In the MR group, 85.7% of the meniscuses went back to the original size after rehydratation. The 98% glycerin is effective in preserving the meniscus, following rehydratation, maintaining size, structural architecture, integrity and percentage of collagen of the meniscus preserved similar to the fresh one.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Vilela L.M., Del Carlo R.J., Silva J.C.P., Matta S.L.P. & Reis A.M.S. 2009. [Evaluation of the collagen fibers of the fresh meniscus and the meniscuses preserved in glycerine: Experimental study in rabbits (Oryctolagus cuniculus).] Avaliação das fibras colágenas de meniscos frescos e preservados em glicerina: estudo experimental em coelhos (Oryctolagus cuniculus). Pesquisa Veterinária Brasileira 30(4):321-327. Departamento de Veterinária, Universidade Federal de Viçosa, 36570-000 Viçosa, MG, Brazil. E-mail: ricarlo@ufv.br
No presente estudo foi avaliado o efeito da glicerina 98% sobre as fibras colágenas, arquitetura tecidual e o tamanho de meniscos mediais de coelhos da raça Nova Zelândia. Os meniscos foram separados em três grupos: (1) Grupo MF com meniscos frescos (grupo controle), (2) Grupo MG com meniscos preservados em glicerina 98% por 30 dias, e (3) Grupo MR com meniscos preservados em glicerina 98% por 30 dias e reidratados em NaCl 0,9%, por 12 horas. Os cortes histológicos foram corados com sirius red para identificação dos tipos de colágenos e observados em microscópio de luz polarizada, avaliando-se a concentração total de colágeno Tipo I e III e a disposição das fibras. Os meniscos frescos apresentaram significativamente maior concentração de fibras colágenas Tipo I e menor concentração de fibras colágenas Tipo III que os meniscos preservados (MG e MR); isto ocorreu devido à perda de água e conseqüente redução do tamanho dos meniscos e retração das fibras colágenas dos meniscos dos Grupos MG e MR; isto pode ter feito com que as fibras Tipo I, mais espessas e em maior quantidade, se tornassem mais evidentes do que as fibras colágenas Tipo III, que são mais delgadas e frágeis (fibrilas). Nos três grupos estudados, as fibras colágenas apresentaram-se de forma circunferencial, interpostas por fibras orientadas radialmente. Entretanto, nos grupos tratados (MG e MR) foi observado, em pequenas áreas, leve desorganização das fibras colágenas, o que correspondeu a 42,8% e 14,3% dos meniscos, respectivamente. O grupo de meniscos em glicerina apresentou redução significativa (p<0,05) no tamanho em relação ao Grupo MF. No Grupo MR, 85,7% dos meniscos retornaram ao seu tamanho inicial após a reidratação. A glicerina 98% é eficaz na preservação de meniscos, mantendo o tamanho, a arquitetura estrutural, a integridade e percentagem do colágeno dos meniscos preservados semelhante à de meniscos frescos, desde que sejam reidratados em NaCl 0,9% após preservação.
Abstract in English:
RESUMO.- Peixoto P.V., Klem M.A.P., Brito M.F., Duarte V.C., & França T.N. 2010. [Toxicological, clinic-pathological and ultrastructural aspects of iatrogenic and experimental poisoning by vitamin D in rabbits.] Aspectos toxicológico, clínico-patológico e ultraestrutural das intoxicações iatrogênica e experimental por vitamina D em coelhos. Pesquisa Veterinária Brasileira 30(3):277-288. Departamento de Nutrição Animal e Pastagem, Instituto de Zootecnia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ 23890-000, Brazil. E-mail: peixotop@ufrrj.br
São descritos aspectos toxicológicos, clínico-patológicos e ultraestruturais de coelhos intoxicados iatrogênica e experimentalmente por vitamina D por via subcutânea. Clinicamente, os animais evidenciaram sinais de insuficiência cardiovascular como ascite e edema pulmonar, hiporexia, anorexia, diarréia mucosa, emagrecimento e apatia. As clássicas alterações de mineralização e, por vezes, osseificação, do sistema cardiovascular, bem como as alterações de rins, pulmões, estômago, entre outros órgãos, foram reproduzidas com administrações subcutâneas de solução oleosa de colecalciferol (vitamina D3 não-ativada).
Abstract in Portuguese:
ABSTRACT.- Peixoto P.V., Klem M.A.P., Brito M.F., Duarte V.C., & França T.N. 2010. [Toxicological, clinic-pathological and ultrastructural aspects of iatrogenic and experimental poisoning by vitamin D in rabbits.] Aspectos toxicológico, clínico-patológico e ultraestrutural das intoxicações iatrogênica e experimental por vitamina D em coelhos. Pesquisa Veterinária Brasileira 30(3):277-288. Departamento de Nutrição Animal e Pastagem, Instituto de Zootecnia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ 23890-000, Brazil. E-mail: peixotop@ufrrj.br
Toxicological, clinic-pathological and ultrastructural aspects of iatrogenic and experimental subcutaneous poisoning in rabbits by vitamin D are described. Clinically the animals showed signs of cardiovascular insufficiency, as ascite and lung edema, hyporexia, anorexia, mucous diarrhoea, loss of weight and apathy. The classical alterations of minera-lization and, occasionally, ossification of the cardiovascular system, as well the lesions of kidneys, lungs, stomach, among other organs, were reproduced by the subcutaneous administration of an oily solution of cholecalciferol (non-activated vitamin D3).
Abstract in English:
ABSTRACT.- Nunes Rangel M.F., Lemos L.S., Almeida C.M.C., Sales L.G. & Vieira-da-Motta O. 2010. Development of Polyclonal IgY antibodies in chickens and IgG in rabbits immunized against proteins of Pythium insidiosum isolated from horses in the state of Rio de Janeiro. Pesquisa Veterinária Brasileira 30(1):87-93. Micologia Veterinária do Setor de Doenças Infectocontagiosas, Laboratório de Sanidade Animal do Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, Av. Alberto Lamego 2000, Horto, Campos dos Goytacazes, RJ 28013-602, Brazil. E-mail: olney@uenf.br
Pythiosis is caused by Pythium insidiosum and the occurrence of disease in horses was described in the North and Northwest State of Rio de Janeiro, Brazil. The disease was described in cattle, sheep, humans, and horses in different states and regions across the country. This paper describes the development of IgY and IgG polyclonal antibodies, in chicken and rabbits, respectively against proteins extracted from kunkers and hyphae of P. insidiosum from affected horses. The proteins were recognized by chicken, rabbit and horse antibodies by immunodiffusion and Western blot against majority bands of 27 and 43 KDa, and titrated by ELISA. The antibodies IgY developed by the first time against Brazilian strains of P. insidiosum may represent a valuable tool in the detection of antigens of the pathogen and contribute to further studies aimed at immunotherapy and knowledge about this disease in endemic areas in Rio de Janeiro and in Brazil.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Nunes Rangel M.F., Lemos L.S., Almeida C.M.C., Sales L.G. & Vieira-da-Motta O. 2010. Development of Polyclonal IgY antibodies in chickens and IgG in rabbits immunized against proteins of Pythium insidiosum isolated from horses in the state of Rio de Janeiro. [Desenvolvimento de Anticorpos IgY em galinhas e IgG em coelhos imunizados contra proteínas de Pythium insidiosum isolado de equinos no Estado do Rio de Janeiro, Brasil.] Pesquisa Veterinária Brasileira 30(1):87-93. Micologia Veterinária do Setor de Doenças Infectocontagiosas, Laboratório de Sanidade Animal do Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, Av. Alberto Lamego 2000, Horto, Campos dos Goytacazes, RJ 28013-602, Brazil. E-mail: olney@uenf.br
Pitiose é causada por Pythium insidiosum e a doença foi descrita em equinos no Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. A doença foi descrita em bovinos, ovelhas, humanos e cavalos em diferentes estados e regiões do país. Este trabalho descreve o desenvolvimento de anticorpos policlonais, IgY e IgG, em galinha e coelho, respectivamente, contra proteínas extraídas de kunkers e hifas de P. insidiosum de cavalos doentes. As proteínas foram reconhecidas por anticorpos de galinha, coelho e cavalos contra as bandas majoritárias de 27 e 34 KDa em imunodifusão e Western blot tituladas por ELISA. Os anticorpos IgY desenvolvidos pela primeira vez contra cepas brasileiras de P. insidiosum podem representar um valioso instrumento na detecção de antígenos de patógenos e contribuem para novos estudos baseados na imunoterapia e no entendimento sobre esta doença em áreas endêmicas no Rio de Janeiro e em todo o país.