Abstract in English:
This study aimed to determine and evaluate whether there are differences in values of MAC in wildlife captured guan (Penelope obscura) under different conditions of social stress. This study used 27 bird species guan (P. obscura), divided into two groups: animals kept in the same enclosure (Collective Group) and animals kept in individual cages (Individual Group). The research was conducted at the Advanced Research Base of IBAMA, Painel/SC, and at the Clinical Veterinary Hospital of the “Universidade do Estado de Santa Catarina”, Lages/SC. The birds were captured using network trap with manual disarmament and transported to the Veterinary Hospital in cages. The animals were fasted for 2 to 6 hours before the procedure; anesthetic induction was performed with isoflurane for instrumentation. The isoflurane CAM was placed in the target value 1.3v% in the first animal of each group, and waited 15 minutes for the nociceptive (electric) stimulus, in the value of 50 hertz and 50mA, held in faradic form (3 consecutive simple stimuli, followed by 2 continuous stimuli). The stimulus was performed on the lateral side of the left pelvic limb in the tibiotarsal region, and the electrodes were fixed with a 22G needle at a distance of 5cm between them. The bird’s responses to the stimulus were considered positive (wing movements, head or vocalization) or negative (not presented movements of wings, head or vocalization) and the MAC value of the animal was recorded. Negative responses reduced next birds’ MAC value by about 10%, and MAC positive responses increased by about 10%. Statistical analysis was done by methods up and down and analyze quantal for MAC and paired t-test for equivalent or t-test for variances not equal variances for the physiological variables. At the end of the experiment, the birds were reintroduced in the same capture area. The MAC value of isoflurane in the Collective Group was 1.4v% and the Individual Group 1.9v% to 0.903atm. It is observed that guan (P. obscura) in the Collective Group showed lesser anesthetic resistance to isoflurane than the birds in the Individual Group, showing that some levels of social stress can influence the MAC values of the isoflurane.
Abstract in Portuguese:
Este estudo teve como objetivo determinar e avaliar se há diferença nos valores de CAM em jacus (Penelope obscura) capturados em vida livre e submetidos a diferentes condições de estresse social. Foram utilizadas 27 aves da espécie jacu (P. obscura) de vida livre, que depois de capturados foram alocados em dois grupos: 10 animais que permaneceram em grupo no mesmo recinto (Grupo Coletivo) e 17 animais que permaneceram em gaiolas individuais (Grupo Individual). A pesquisa foi realizada na Base de Pesquisa Avançada do IBAMA, Painel/SC, e no Hospital de Clínica Veterinária da Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages/SC. A captura foi realizada utilizando armadilha de rede com desarmamento manual e as aves foram transportadas para o Hospital Veterinário em gaiolas. Os animais foram submetidos a um jejum alimentar de 2 a 6 horas antes do procedimento, a indução anestésica foi realizada com isoflurano para instrumentação. A CAM de isoflurano foi colocada no valor alvo 1,3v% no primeiro animal de cada grupo, e esperado 15 minutos para realização do estímulo nociceptivo (elétrico), no valor de 50 hertz e 50mA, realizado de forma farádica (3 estímulos simples consecutivos, seguidos de 2 estímulos contínuos). O estímulo foi realizado na face lateral do membro pélvico esquerdo na região tibiotársica, e os eletrodos fixados com agulha 22G a uma distância de 5cm entre elas. A resposta da ave ao estímulo foi considerada positiva (movimentos de asas, cabeça ou vocalização) ou negativa (não apresentou movimentos de asas, cabeça ou vocalização) e o valor de CAM do animal foi registrado. Para resultados negativos, a CAM da próxima ave foi reduzida em torno de 10%, para positivos a CAM foi aumentada em torno de 10%. A análise estatística foi feita pelos métodos up and down e análise quantal para a CAM e teste t de pareado para variâncias equivalentes ou teste t para variâncias não equivalentes para as variáveis fisiológicas. Ao final do experimento as aves utilizadas foram reintroduzidas na mesma área de captura. O valor da CAM de isoflurano no Grupo Coletivo foi de 1,4v% e no Grupo Individual a CAM de 1,9v% a 0,903atm, sendo o valor do Grupo Coletivo significativamente menor que o Grupo Individual. Observa-se assim que os jacus (P. obscura) que permaneceram em recinto coletivo apresentaram uma menor resistência anestésica ao isoflurano que as aves que permaneceram em recintos individuais, mostrando que alguns níveis de estresse social como os observados aqui podem influenciar sobre os valores da CAM do isoflurano.